segunda-feira, outubro 15, 2007

Entre o Merry Ploughboy e o Temple Bar...

Um fim-de-semana sempre a correr de um lado para o outro, com reuniões, refeições e muitas visitas aos pubs. Enfim, é assim que consigo descrever esta passagem rápida por Dublin. Estou cansado (acordei às 4 da manhã para ir para o aeroporto) e sem inspiração para escrever. Ficam, para já, algumas imagens...

O Merry Ploughboy... um irish pub fantástico. Vale a pena uma visita para provar o Cod Mornay (o nosso amigo bacalhau, mas fresco) e terminar com um excelente fudge brownie... e em vez da famosa Guiness, porque não uma refrescante cidra Bulmers?

O Trinity College... a famosa universidade de Dublin e o não menos famoso Campanile! Na biblioteca desta universidade encontra-se uma das mais belas obras de iluminuras, o famoso Livro de Kells ou Book of Kells (Leabhar Cheanannais), escrito por monges celtas no ano 800 DC... vale a pena a visita!

Temple Bar... enfim, palavras para quê! Com mais de 100 anos, este pub, situado na zona de Temple Bar (o Bairro Alto lá da zona), é simplesmente... irlandês! Tem música irlandesa todos os dias, o ambiente é excelente, com gente alegre e bonita (muitas miúdas ruivas!). Vale a pena 'perder' umas horas a bebericar uma Guiness ou um vinho branco para acompanhar umas ostras de Galway!

O Famine Memorial... para recordar os tristes tempos da fome e da pobreza na Irlanda, juntamente com a réplica do veleiro Jeanie Johnston, marcam na memória deste povo uma das maiores privações da Irlanda! Um conjunto de estátuas em bronze cheias de expressão onde nem um cão esquelético falta!

E claro, não poderia faltar um passeio de veleiro, desta vez na Baía de Dublin! Um tempo um pouco alteroso, mas com bom vento e uma baía cheia de embarcações...

quarta-feira, outubro 03, 2007

Entretanto, um salto até Dubh Linn... ou Dublin!

Cead míle fáilte!
De regresso à cidade da Lagoa Negra, ou Dubh Linn, em gaélico, que mais tarde deu origem ao nome da cidade de Dublin.

Embora seja apenas uma curta passagem de três dias, irá trazer imensas recordações da primeira passagem por terras irlandesas. Do bodhrán ao céili, do colcannon à Guiness num pub irlandês, o regresso a Dublin transporta-me também aos contos de Oscar Wilde, aos poemas de Wiliam B. Yeats e às inúmeras lendas e contos de fadas e de duendes!

E por falar em W. B. Yeats, nada como um dos mais belos poemas (bem complicados de ler)...

Never give all the heart
Never give all the heart, for love
will hardly seem worth thinking of
to passionate women if it seem
certain, and they never dream
that it fades out from kiss to kiss;
for everything that's lovely is
but a brief, dreamy, kind delight.
O never give the heart outright,
for they, for all smooth lips can say,
have given their hearts up to the play.
and who could play it well enough
if deaf and dumb and blind with love?
He that made this knows all the cost,
for he gave all his heart and lost.
W. B. Yeats (1904)